A tecnologia em saúde e ciências da vida impulsiona a verdadeira transformação da sociedade.
A tecnologia, principalmente através de startups, trouxe uma mudança no setor de saúde e ciências da vida: acessibilidade, democratização e personalização dos serviços são conceitos que estão transformando a relação entre as pessoas,o ambiente e o sistema de saúde, da prevenção ao tratamento e cuidado.
O boom inicial na Espanha começou há quase duas décadas, principalmente com os setores de serviços digitais e comércio eletrônico: foi a época das primeiras reservas de ingressos ou compras on-line. Demos um grande salto. Mas a verdadeira transformação da sociedade ocorre quando as melhorias tecnológicas têm um impacto em setores estratégicos para pessoas como o setor da saúde.
Globalmente, 2021 foi um ano decisivo para o setor de saúde e biotecnologia, ficando em segundo lugar apenas em termos de investimentos levantados por fundos de capital de risco, com mais de 100 bilhões de dólares levantados. De acordo com dados Biocat, o investimento na Catalunha em startups de saúde bateu recordes com mais de 283 milhões de euros levantados, e o ecossistema das ciências da vida responde por 9% do PIB catalão.
O setor da saúde no ecossistema de Barcelona representa no seu melhor o potencial empresarial: nasceu no final dos anos 90, quando começou a englobar todos os elementos do ecossistema. Este é um país de empresas farmacêuticas (locais, familiares ou multinacionais), que se tornaram uma indústria global; há uma tradição de médicos e hospitais muito bons e, sobretudo, uma grande rede de centros de pesquisa que são uma ótima maneira de captar talentos, em nível mundial (do pioneiro Parc Científic de Barcelona ao Caixabank Research Institute que estará em funcionamento em 2024).
As novas tecnologias que estão transformando o mundo estão convergindo: inteligência artificial, 3D, blockchain, IoT ou realidade virtual, aumentada e interativa. Além disso, esta evolução do setor de saúde e ciências da vida se expande e se interrelaciona com outras indústrias que não têm nenhuma relação no início, tais como a alimentação ou a construção. As casas inteligentes logo integrarão serviços de prevenção ou cuidados que estavam reservados aos hospitais ou que não podíamos sequer contemplar.
Um campo ilimitado de oportunidades se abriu para nós. Para responder a elas, a flexibilidade, a agilidade e a criatividade das startups são fundamentais. São as novas empresas de base tecnológica que propõem e desenvolvem soluções ou produtos disruptivos de uma forma que seria muito mais difícil de abordar por parte das grandescorporações.
O conceito de tentativa e erro – ou conceito de risco – é inato em startups e já existem mecanismos – financeiros – para seu progresso. E é durante o processo de maturação que as grandes corporações têm que intervir, pois são elas que conhecem o mercado amplamente e têm os recursos necessários. É nisto que consiste um ecossistema: a conexão de todos os agentes, da ciência ao mercado, da pesquisa aos negócios, para que os processos fluam da maneira mais eficiente e bem-sucedida possível. Esta é uma mudança de mentalidade necessária e é o que promovemos a partir da Tech Barcelona. Conectar startups com todos os agentes do ecossistema (investidores, empresas, universidades, administrações, instituições) e a transferência entre as diferentes indústrias, da saúde ao varejo ou à mobilidade, com um objetivo comum: promover um setor transformador que tenha posicionado Barcelona como um dos primeiros pólos digitais e tecnológicos da Europa.
Mar Galtés Chief Corporate Development Officer Tech Barcelona
Paula Serra BI & Project Manager en Tech Barcelona
